Tempestade tropical já deixou mais de 120 mortos e pelo menos
1 milhão de afetados em Moçambique e Malawi, segundo autoridades locais.
Por Andrew McChesney
15 de março de 2019
A
Universidade Adventista de Moçambique, que receberá parte da oferta do décimo
terceiro sábado no fim de março de 2019, está diretamente na rota do ciclone
Idai. Ele entrou em terra firme com ventos de até 165 quilômetros por hora no
dia 14 de março, perto de Beira, uma cidade portuária de 500 mil habitantes,
onde a Igreja Adventista administra a instituição educacional. O fenômeno já
deixou mais de 120 mortos, segundo informaram agências de notícias.
Uma
equipe de líderes da Igreja, liderada pelo pastor Alberto Timm, diretor
associado do Ellen G. White Estate, da sede mundial
adventista, realizavam a Conferência Internacional de Bíblia e Missão na
universidade quando a tempestade sucedeu pela primeira vez no início da semana.
“Orem pelos membros da nossa Igreja em
Moçambique, especialmente pelos membros da nossa universidade adventista em
Beira”, escreveu Wilson na sua página no Facebook. Ele também pediu
orações para aqueles em Moçambique e no Malawi já afetados pelo ciclone, que
inicialmente entrou em terra no meio da semana, derrubando o teto de pelo menos
um prédio da universidade e causando outros danos antes de seguir para o mar.
Em sua
primeira passagem, o ciclone Idai matou pelo menos 122 pessoas em Moçambique e
no Malawi, conforme informou o canal americano The Weather Channel.
A BBC reportou que Moçambique estava preparada para o “pior cenário” enquanto o
ciclone se fortalecia e voltava na noite de 14 de março.
Destruição
Horas
antes do retorno do ciclone, o presidente da universidade, Heraldo Lopes,
avaliou os danos iniciais em um vídeo publicado na página de Wilson no Facebook. “Este
é o lugar onde o telhado saiu”, contoue ele, em português, ao mostrar um prédio
de tijolos sem telhado. “Estamos orando a Deus para que nada mais aconteça com
a universidade.”
A
instituição tinha sido escolhida para ser uma das beneficiárias de uma oferta
do décimo terceiro sábado coletada no último sábado de março de 2019. Os fundos
são para ajudar a expandir a popular faculdade de nutrição da
universidade. Após a primeira onda da tempestade, a Conferência da Bíblia
foi suspensa até nova ordem. Timm e outros líderes da Igreja, incluindo vários
da sede administrativa para uma região da África e do Oceano Índico,
deslocaram-se para um hotel na esperança de evitar a maré ciclônica, com ondas
que devem atingir pelo menos seis metros de altura.
De
acordo com William Timm, filho do pastor Alberto, o último contato que recebeu
do pai foi por meio de uma mensagem enviada na quinta-feira, às 17h28, quando
ele comentou que espera a proteção divina por conta do terrível desastre. Ele
explicou que estava escondido no banheiro para se proteger e afirmou que grande
parte do hotel onde estava foi destruído.
O pastor
Ted Wilson reiterou seu apelo por orações por Moçambique e Malawi, bem como
pela África do Sul e pelo Zimbábue, que também podem sofrer o impacto do ciclone.
E informou, na tarde desta sexta-feira, 15, falando dos participantes do evento
teológico, que “recebemos a informação de Elias Brasil (diretor do Instituto de
Pesquisa Bíblica), que a recebeu de Gideon Reyneke, líder de uma das regionais
adventistas que atende Moçambique, informando que as pessoas estão seguras em
Beira, Moçambique! Louvamos a Deus pelo Seu maravilhoso poder protetor na
Beira, Moçambique, durante o horrível ciclone”. Ele reitera que as comunicações
estão precárias em toda a parte afetada, por isso são poucos os dados que se
consegue obter a respeito dos afetados.
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