Curitiba, PR… [ASN] Depois de quase dois anos de prisão em Lomé, 
capital do Togo, no oeste da África, a situação do pastor da Igreja 
Adventista, Antonio dos Anjos Monteiro, e do empresário Bruno Amah, deve
 ter, enfim, um desfecho. Após ter sido adiado, no dia 6 de dezembro de 
2013, o julgamento de Monteiro e Amah está marcado para acontecer nesta 
sexta-feira, 10 de janeiro, às 6h da manhã no horário de Brasília (8h no
 fuso horário local).
Para os familiares, a esperança está mais viva do que nunca. Anderson
 dos Anjos, um dos filhos do pastor adventista, diz que está confiante 
que a liberdade do pai está próxima. “Confiamos plenamente que Deus nos 
dará esta vitória após dois anos de luta pela libertação do nosso pai e 
pastor. ‘Depois da luta vem a coroa e a recompensa é sempre boa’, diz a 
letra de um dos hinos prediletos do meu pai e que nos tem motivado 
durante mais de 600 dias desta prisão arbitrária”, afirma Anderson.
Na avaliação dele, o fato de o julgamento ter sido adiado é um dos 
indicativos de que não há argumentos e provas que condenem os dois réus.
Entenda o caso
O pastor Antonio Monteiro, natural de Cabo Verde, e o empresário 
Bruno Amah, foram presos no dia 15 de março de 2012, um ano após o 
assassinato de 12 mulheres que tiveram seu sangue retirado e seus órgãos
 sexuais extirpados. Um homem que trabalhou com o pastor Monteiro o 
acusou falsamente de ter provocado uma conspiração para matar as 
mulheres.
Para o diretor mundial de Liberdade Religiosa da Igreja Adventista, 
doutor John Graz, “a acusação contra Monteiro é a de que ele, como 
pastor adventista, fez uma conspiração para matar aquelas mulheres e 
usar seu sangue em uma cerimônia religiosa. Esta acusação é 
absolutamente inacreditável e absurda”, enfatiza.
Advogados da sede mundial adventista e diversos diplomatas 
estrangeiros já intercederam por eles, mas não houve acordo. O caso 
mobilizou milhares de fieis adventistas ao redor do mundo, que 
organizaram uma corrente de oração e jejum em favor de Monteiro e de 
Amah.O movimento pela libertação de ambos também ganhou força pela 
internet, através do site www.pray4togo.com
 e de redes sociais como o Facebook, Twitter e YouTube. Além disso, uma 
petição está sendo assinada por fieis de vários países e já conta com o 
apoio de mais de 59 mil pessoas (ainda é possível assinar a petição por 
meio do site da campanha). 
No encerramento das atividades do terceiro dia do IV Campori 
Sul-Americano de Desbravadores, em Barretos, o pastor Magdiel Peréz, 
secretário da Igreja Adventista na América do Sul, pediu para que os 
desbravadores orassem por Monteiro e Amah. “Vamos ligar as câmeras para 
que o mundo inteiro saiba que oramos pelo pastor Monteiro”, ressaltou 
Peréz, que lembrou que este é o maior grupo a orar pela causa.
[Equipe ASN,  Márcio Tonetti, com informações de Jonathan Hoepers e Márcia Ebinger]