O amor inigualável de uma mãe pelos filhos produz muitos
ensinamentos. Lições que, durante a infância, adolescência ou juventude,
as pessoas costumam não dar a devida importância, mas que
posteriormente passam a ter um valor inestimável.
Eu, por exemplo, era várias vezes aconselhado (advertido) por minha
mãe para diminuir o tempo do futebol na rua com a molecada e aumentar o
tempo de estudos. Algumas vezes, bastante contrariado, eu aceitava a
sugestão. Ouvia o barulho da bola quicando e ficava ansioso. Mas
aceitava a orientação da mãe, mesmo sem ter completa ideia da
importância disso no futuro.
Anos mais tarde, valorizei aqueles conselhos, quando me dei conta
que, sem estudar mais do que o mínimo desejado, não teria muito êxito
pessoal e nem profissional. Aliás, o tempo maior de estudos e leitura me
ajudou a ser alguém mais contextualizado e amante da escrita e dos
textos.
Na Bíblia, vale a pena observar algumas mães, suas lições deixadas e o
benefício para filhos que, talvez, em um primeiro momento, nem
perceberam a relevância de dar ouvidos ao conselho materno:
A mulher de Manoá e mãe de Sansão (Juízes 13) –
Apesar de sequer ter seu nome mencionado na Bíblia, sem dúvida alguma a
curta menção a ela nos leva a pelo menos uma boa reflexão. A mãe do
famoso juiz era temente a Deus e obediente. Se não fosse por sua
aceitação da orientação divina, provavelmente Sansão não teria avançado
nem um décimo do que avançou no seu trabalho como libertador de Israel
da opressão midianita.
A fervorosa e paciente mãe de Samuel (I Samuel 1) –
Com grande certeza, o profeta Samuel deveu muito do seu caráter à sua
mãe Ana. Ela desafiou as dificuldades da convivência com um marido
bígamo, com a inveja da outra mulher dele e com a incompreensão dos
próprios líderes religiosos. Ficou conhecida por sua oração sincera e
podemos acrescentar pela paciência também. Em vez de desistir com as
primeiras dificuldades, perseverou porque tinha um foco.
A sunamita amiga de Eliseu (II Reis 4) – Outra que
não tinha nome registrado, mas cujo ímpeto em favor do filho ficou
marcado. Designada apenas como sunamita, essa mulher não mediu esforços
para que o filho fosse ressuscitado pelo profeta Eliseu. Ela mesma fez
uma viagem de cerca de 25 quilômetros até onde estava o profeta porque
acreditava no poder divino para dar a vida. Aparentemente não tinha
muito sentido o que ela fazia. Mas ela era realmente uma mãe de profunda
e consistente fé.
A mãe de Timóteo (II Timóteo 1:5) – Aqui a descrição
é muito breve, mas o que se diz de Eunice, mãe do líder cristão
Timóteo, um discípulo do apóstolo Paulo, é bastante enriquecedor. Paulo
diz que a fé de Timóteo não era fingida a exemplo da sua mãe e da sua
avó. A influência de Eunice para o filho foi provavelmente
imprescindível para que ele se tornasse um líder respeitado na
comunidade cristã primitiva. Ainda mais que possivelmente seu pai, já
falecido, era grego e acredita-se que não fosse um cristão. Aqui se vê o
papel de uma mãe consciente do seu dever como líder espiritual.
Esses são apenas alguns exemplos. Há muitos outros que merecem nossa
leitura e estudo. Mas ao ler essas histórias bíblicas fico motivado por
ver que Deus preservou na Sua Palavra a inspiração da vida de mães que,
além de demonstrarem amor incondicional pelos filhos, foram pilares
importantíssimos para o êxito deles em todos os aspectos da vida.
Por isso, as mães são peça-chave no entendimento da salvação do ser
humano. As características daquelas que se deixam ser conduzidas por
Deus ilustram muito bem o interesse do próprio Criador que vai até as
últimas consequências para redimir quem Ele criou.
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